GABRIEL RAMOS – ESPORTE
Jogando diante da sua torcida, o Cruzeiro demonstrou resiliência e acabou com uma sequência negativa de quatro jogos sem vencer. A equipe se recuperou de um cenário de desconfiança, após sair atrás no placar com apenas cinco minutos de jogo. Apesar da insegurança defensiva, a Raposa teve bom volume de jogo, criou algumas oportunidades claras de gol e poderia ter alcançado a virada ainda no primeiro tempo, quando teve um gol anulado em lance polêmico envolvendo o atacante Arthur Gomes. No geral, a equipe cruzeirense foi superior ao Botafogo e mereceu sair com os três pontos. Apesar dos vacilos defensivos, o Cruzeiro se mostrou ligado durante o jogo para reagir aos gols tomados e buscar o resultado positivo em duas ocasiões diferentes.
Não só dentro de campo o Cruzeiro teve que dar a volta por cima. A comissão técnica e os jogadores foram pegos de surpresa com um comunicado do goleiro Rafael Cabral, que pediu para não participar da partida. O jogador, que vem sofrendo com fortes críticas da torcida celeste, tem negociações avançadas para deixar o Cruzeiro. Com isso, o substituto Anderson, que tinha disputado apenas uma partida oficial com a camisa do Cruzeiro, foi escalado como titular na partida em uma decisão de última hora.
A estreia do Atlético foi marcada por situações que saíram das tradicionais quatro linhas que cercam o campo. O clube alvinegro viajou a São Paulo para enfrentar a equipe do Corinthians, na Neo Química Arena. A partida, no entanto, ficou marcada por polêmicas envolvendo as decisões do VAR, em específico uma disputa de bola entre Fágner, jogador do Corinthians, e Zaracho, do Atlético. A ocasião envolveu uma dura entrada de Fágner, que deixou os atleticanos na bronca pela aplicação de um cartão vermelho. O Galo, por outro lado, teve que lidar com a expulsão de Battaglia no final do primeiro tempo, quando o jogador recebeu o cartão vermelho após a intervenção do árbitro de vídeo. No aspecto futebolístico, as equipes ficaram devendo, o jogo foi truncado e com poucas chances de gol, terminando empatado em 0 a 0.
Vale lembrar que a rodada marcou a “estreia” de um novo protocolo do VAR, que deve sinalizar em tempo real as interpretações e decisões acerca de cada lance. O protocolo, no entanto, foi confuso em vários momentos e também deixou dúvidas não só à dupla mineira, mas também à equipe do Grêmio, prejudicada de maneira acintosa pela não marcação de um pênalti claro.