Vereador quer proibir que Itaúna tenha banheiros unissex e que as escolas usem ‘linguagem neutra’

Antes mesmo de ir à votação, proposições do parlamentar são comentadas em redes sociais com críticas e ironias

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Antes mesmo do retorno das atividades da Câmara Municipal, com as reuniões dos vereadores, as redes sociais já davam notícia da apresentação de proposição do vereador Kaio Honório Guimarães (PSC) que proíbe a instalação de banheiros, toaletes e vestiários “multigêneros” ou “unissex” no município. O projeto entende como espaços públicos, os locais sem restrição ao acesso, de livre circulação, abertos ao público, como ruas, avenidas, praças, parques, estações de trem, terminais de ônibus e assemelhados; e os com restrição ao acesso e à circulação,  que são lugares que possuem controle de entrada e restrição a determinadas pessoas, como os edifícios públicos, instituições de ensino, hospitais, dentre outros.

A polêmica em torno da proposição veio com ironias de internautas, que questionam onde e quando está sendo proposta construção de algum banheiro unissex em Itaúna? Os comentários pedem que o vereador se ocupe mais das questões realmente necessárias ao desenvolvimento do município, como emprego, habitação, saúde e garantias de sobrevivência para inúmeras famílias atingidas pela pandemia da Covid-19, pela crise econômica e pelas chuvas recentes que deixaram rastros de destruição.

O vereador Kaio Guimarães é também autor, novamente, do projeto de lei que dispõe sobre a vedação do uso de novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da língua portuguesa, em contrariedade às regras gramaticais consolidadas no país e garante aos estudantes do município o direito ao aprendizado da língua portuguesa de acordo com as normas e orientações legais de ensino. Em resumo, a iniciativa do parlamentar da direita conservadora é impossibilitar nas instituições de ensino do município, públicas ou particulares,  o  uso da “linguagem neutra”, do “dialeto não binário” ou de qualquer outra que descaracterize o uso da norma culta na grade curricular e no material didático, em documentos oficiais do município, em editais de concursos públicos, assim como em ações culturais, esportivas, sociais ou publicitárias que percebam verba pública de qualquer natureza.

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