Vereadora denuncia que comunidade do Calambau está há seis meses sem atendimento médico

Secretário de Saúde, Fernando Meira, explicou que o prédio da Unidade de Saúde estava em condições precárias e será reformado nos próximos dias

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A comunidade rural do Calambau está sem atendimento médico há cerca de seis meses. A denúncia foi feita na Câmara Municipal na terça-feira (19) pela vereadora Márcia Cristina Santos (Patriota), que iniciou sua fala dizendo que a comunidade poderá, daqui a pouco, “fazer festa de comemoração” da falha do serviço. Mas a denúncia da parlamentar não foi em tom de brincadeira ao relatar que os moradores da região estão tendo problemas e não têm atendimento médico, uma vez que o prédio onde funciona a unidade de saúde, uma antiga escola, está sendo reformada interminavelmente.

“Vou pedir a você, Leo (líder do prefeito), que leve esta cobrança ao secretário de Saúde para saber o que está acontecendo. Se não tiver dinheiro para fazer a reforma, que ele forneça transporte para buscar os pacientes na comunidade para que sejam atendidos na cidade”, cobrou.

Reforma via Consórcio Cispará

Secretário de Saúde Fernando Meira

O secretário municipal de Saúde, Fernando Meira de Faria, falou ao Jornal S’PASSO sobre a denúncia da vereadora justificando que a Prefeitura teve que suspender o atendimento na comunidade do Calambau por causa das condições precárias da antiga escola – que serve, agora, de Posto de Saúde da Família. A reforma já está em andamento com a empresa contratada.

“A reforma será feita via Consórcio Intermunicipal de Saúde do Alto do Rio Pará e a gente espera que ela seja iniciada nos próximos dias. Uma reforma ampla que irá contemplar todas as melhorias necessárias para o retorno do atendimento médico naquele local, no mais curto espaço de tempo”, disse.

Unidade móvel de saúde a caminho

O secretário Fernando Meira também informou que a Secretaria de Saúde está com um pregão aberto para aquisição de uma unidade móvel de saúde que irá atender as comunidades rurais onde não há atendimento adequado ou nos lugares em que não exista nenhum tipo de atendimento.

Cobertura médica aos profissionais em férias

A reportagem também abordou o secretário de Saúde Fernando Meira sobre a desassistência médica no período de férias do profissional, como aconteceu essa semana, na Unidade da ESF do bairro Morada Nova, quando uma enfermeira teve que substituir um médico na realização de um parto de emergência. Meira relatou que antes havia profissionais na Secretaria de Saúde que trabalhavam em lugares e períodos eventuais para dar cobertura aos que estavam afastados por férias ou outro motivo profissional. “Com a expansão das equipes e implantação de novos serviços, como o serviço de atenção domiciliar, a gente não consegue manter o médico ferista, porém temos uma escala de atendimento naqueles locais em que o médico esteja de férias, com uma cobertura de PSF’s vizinhos quando os atendimentos de urgência são referenciados para essas unidades. Procuramos não conceder mais que 15 dias de férias aos médicos, para não ficar muito tempo sem assistência. Temos toda uma programação de férias durante o ano, uma escala de cobertura de PSF’s vizinhos, e tentamos minimizar os impactos da ausência do médico na unidade”, explicou.R