As vereadoras Márcia Cristina (PATRIOTA) e Edênia Alcântara (PDT) denunciaram, nas redes sociais, a paralisação das obras da creche do Santa Edwiges. As parlamentares, que são membros da Comissão de Educação da Câmara, acusaram a Prefeitura de negligenciar o acesso à educação aos moradores da região.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que na semana passada foram realizadas duas reuniões com a empresa que ganhou a licitação para concluir a obra, porém, “por razões de saúde financeira, a empresa não pode cumprir o contrato com a Prefeitura e já foi desligada. Um novo processo licitatório está em curso para a substituição da prestadora de serviços”.
As vereadoras disseram à reportagem que vão pedir a presença dos secretários de Educação e Finanças na Câmara para prestar esclarecimentos sobre o fato.
Novela
A novela da construção da creche do Santa Edwiges se estende há anos e, além dos atrasos constantes de repasse de recursos do Governo Federal, esta é a quinta empreiteira que não consegue executar a obra, em decorrência de dificuldades financeiras.
A primeira licitação para a realização da obra da Creche aconteceu em novembro de 2013, ainda no mandato do ex-prefeito Osmando Pereira da Silva, e o projeto previa o atendimento a cerca de 245 crianças, de idades de 0 a 3 anos.
Em agosto de 2014, a empresa Iorw Construções e Serviços LTDA, começou a construção e em meados de 2016 abandonou a empreitada alegando dificuldades financeiras. O prédio que estava sendo erguido teve que ser jogado no chão depois de ser condenado por falta de segurança.
Desde então, três contratos com construtoras vencedoras das licitações foram rompidos por não cumprimento das cláusulas estabelecidas. Em agosto de 2016 quem assumiu a construção foi a Imhotep Engenharia LTDA, mas a empresa abandonou o trabalho, em abril de 2017. Outra tentativa frustrada de emplacar as obras aconteceu com a contratação da Construtora Maia de Figueiredo LTDA-ME que assumiu o compromisso em maio de 2017, mas abandonou em novembro do mesmo ano.
Agora, a Maio Cinco Construções e Negócios Imobiliários EIRELI, também abandonou as obras, em virtude da crise.