O problema de ‘lavação de roupa’, tem ficado insustentável, com participação até de servidores dos gabinetes que tomam posição e expõem parlamentares a situações de constrangimento
Diz o ditado popular que ‘roupa suja se lava em casa’. Os vereadores vão marcar uma reunião fechada para, entre eles, tratarem de ‘sujeiras’ que estão sendo expostas nas redes sociais, por colegas, como Gustavo Dornas (Patriota) e Kaio Guimarães (PSC). O assunto foi trazido pelo edil Antônio de Faria Júnior (PL), o Da Lua, que acusou os colegas de levarem às redes sociais os resultados de votações em plenário com críticas para posições contrárias às suas.
Ele citou a proposição de adiamento da questão da funerária, de abrir nova concorrência e de discussão dos valores dos serviços – e reclamou de que imagens fúnebres, com caixões, foram divulgadas para mostrarem quem é a favor e quem é contra às propostas.
“Fui colocado num caixão porque me posicionei contra eles.”, denunciou. “Se querem briga, vão ter.”, ameaçou. Da Lua lembrou que no plenário os vereadores dizem respeitar os votos dos colegas, mas que lá fora a situação é diferente, quando divulgam pelo Whatsapp ou Instagram, mostrando a população os antagonismos das votações.
O presidente Alexandre Campos (DEM) acrescentou que o problema de ‘lavação de roupa’, tem ficado insustentável, com participação até de servidores dos gabinetes que tomam posição e expõem vereadores a situações de constrangimento. Antônio de Miranda (PSC) solicitou que o presidente agende um encontro entre para tratar do assunto e trazer de volta o entendimento entre os parlamentares da base e da oposição.
Lacimar Cezário (PSD), o Três, reclamou de que a Câmara “está sendo denegrida” por vereadores e assessores. “Se eu souber de algum assessor meu fazendo isso, eu exonero na hora”, posicionou.
Para Léo Alves (Podemos), alguns colegas estão extrapolando os limites do bom senso e do respeito, espalhando inverdades e colocando a população contra alguns vereadores, incitando a violência. “A gente tem família. Não somos respeitados. Estou ficando com medo de sair às ruas e ser agredido por causa dessas situações causadas pelos próprios vereadores.”, confessou.
Gustavo Dornas (PSD) disse que não foi ele e garante que nenhum dos seus assessores divulgou ou retransmitiu mensagens contra os colegas. “Não faço isso, o que tenho para falar, falo na cara”, avisou.