Vereadores se manifestam contrários à concessão de ajuda financeira à ViaSul

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A possibilidade de o município conceder subsídios à empresa de transporte coletivo ViaSul para cobrir possíveis prejuízos em decorrência do período da pandemia da Covid-19 foi um dos assuntos tratados pelos vereadores na reunião do legislativo no início dessa semana. O vereador Gustavo Dornas (Patriota) afirmou que irá votar contrário a um projeto dessa natureza e que não desconfia dos cálculos da empresa que indicam queda nos lucros desde 2017, muito antes da pandemia, porém não acha correto que os cofres públicos socorram uma empresa privada, quando tantas outras também sofreram com déficit financeiro em mais de dois anos de recessão. O parlamentar citou o caso de salões de beleza, academias de ginástica, artistas, produtores de eventos de entretenimento etc., que não irão receber ajuda e que tiveram os serviços comprometidos. Gustavo argumentou ainda que a ViaSul continuou operando na pandemia e ainda que com menos passageiros, teve horários e itinerários reduzidos e deixou de contratar cobradores para os ônibus. Na mesma linha de pensamento, o vereador Kaio Guimarães (PSC) adiantou que também irá votar contra uma proposição para conceder ajuda financeira à ViaSul, pois entende que as planilhas da empresa mostram o lado da situação da empresa, com entendimento de empresário, e que poderá haver contradição diante da realidade do município, principalmente com relação à prestação de serviços. Para o vereador Antônio José de Faria Júnior (PL), o Da Lua, é preciso esperar que a auditoria contratada pela prefeitura forneça as informações acerca das planilhas e a real situação da empresa para que os vereadores se posicionem sobre a concessão ou não de subsídio.

Auditoria do Cefet poderá analisar planilhas

O processo de contratação da empresa de auditoria para analisar as contas da ViaSul está tramitando e deve ser escolhido um órgão do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – Cefet-MG, que já foi aprovado pela JADE, Junta de Análise de Despesas. A informação é da gerente superior de Trânsito e Transportes da Secretaria de Regulação Urbana, Cíntia Valadares. O prazo para entrega da auditoria, assim que efetuada a contratação, é de seis meses. Somente a partir da finalização do processo é que o município irá definir sobre o encaminhamento para o legislativo do projeto de lei de concessão de subsídio e os valores para a concessionária de transporte coletivo.

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