Como o prefeito Neider Moreira (PSD) falou ao Jornal S’PASSO na edição passada, ainda não foi encaminhado à Câmara Municipal o projeto de lei que concede subvenção à empresa de empresa de transporte coletivo ViaSul, única concessionária que atende o serviço em Itaúna. Também ainda não se sabe o valor exato do aporte financeiro e de que forma ele será repassado à empresa.
O prefeito afirmou que, se aprovada a proposição no Legislativo, será necessária a existência de recursos orçamentários. Ainda com todas as dúvidas sobre a matéria, o assunto tem alimentado a sanha de vereadores da oposição – pré-candidatos à Prefeitura em 2024 – que estão fazendo um verdadeiro “carnaval” em cima da possível ajuda financeira. A oposição usa o tema como palanque e se antecipa dizendo ser contra qualquer subsídio para a ViaSul.
Mirinho diz que empresa está fazendo chantagem e Prefeitura não pode ceder
Na terça-feira (4), na reunião ordinária da Câmara, o ex-vereador e ex-sindicalista Geraldino de Souza Filho, o Mirinho (PT), usou a tribuna da Participação Popular para se manifestar contra o iminente projeto de lei que poderá conceder subsídio financeiro à concessionária do transporte público.
Mirinho disse que ouviu falar em R$ 28 milhões dos cofres públicos para a ViaSul. Em sua fala recordou que noutra ocasião os números dessa ajuda financeira eram menores, R$ 18 milhões. O Jornal S’PASSO noticiou no ano passado que a empresa havia solicitado ao município R$ 14 milhões para cobrir prejuízos decorrentes do período da pandemia da Covid-19. Mirinho classificou a reivindicação da concessionária de transporte como “uma chantagem” e que a Prefeitura não pode ceder a essa pressão, correndo-se o risco de “um precedente perigoso”, uma vez que outras empresas podem solicitar ajuda financeira e a própria ViaSul fazer outras exigências.
Empresa não responde questionamentos do jornal
O Jornal S’PASSO encaminhou à ViaSul alguns questionamentos sobre a proposição que deverá chegar ao plenário da Câmara, como a justificativa de concessão de auxílio financeiro, condições impostas para a liberação do dinheiro, inclusive o que acontecerá caso o Legislativo negue a solicitação, o valor exato da subvenção e o prazo para o repasse.
Gabriela Lessa, representando a concessionária, respondeu laconicamente que “diante do desequilíbrio econômico-financeiro do contrato, que se agravou fortemente na pandemia, a empresa enviou à Prefeitura uma solicitação de equilíbrio. Aguardamos a análise da Prefeitura”. Não quis entrar em detalhes e se negou a falar em valores e prazo.