Vereadores abrem o ano legislativo em reunião por videoconferência

Sem a presença do presidente Alexandre Campos, nenhum colega falou das denúncias de nepotismo feitas contra ele no MP; vereadora Edênia renunciou à secretaria da Mesa

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A Câmara Municipal abriu os trabalhos deste 2022 na terça-feira (1º) de forma virtual, por causa da pandemia da Covid-19, com muitas falhas no sistema de transmissão. Essa situação motivou diversas reclamações, até mesmo por parte dos vereadores, instalados em suas janelinhas e tentando de todo jeito mostrarem que estavam presentes à sessão. Nenhum vereador tocou no assunto das denúncias de nepotismo contra o presidente da Mesa, Alexandre Campos (DEM), feitas no Ministério Público pelo advogado Júnior Capanema. A ação, contestada por Campos que afirma não ter incorrido em nenhuma ilegalidade, acusa o vereador de empregar a namorada em cargo comissionado, inclusive fazendo alterações no estatuto dos servidores quanto ao grau de instrução, de ensino  superior para ensino médio, exigido para a função.

A primeira sessão legislativa deste ano não contou com a presença de Alexandre Campos e o vice, Silvano Gomes Pinheiro (PDT), justificou que o colega estava acompanhando o deputado federal Newton Cardoso Júnior (MDB), em visita à cidade. Mas, se não falaram de denúncias contra o presidente, pelo menos diretamente, a vereadora Edênia Alcântara (PDT) anunciou sua renúncia ao cargo de secretária da Mesa Diretora. Ela alegou que tem feito apenas o papel de ler documentos nas reuniões. Reclamou que não é chamada a opinar acerca de nenhum assunto envolvendo a direção da Casa, nem para a compra de uma lâmpada e, muito menos, para contratação ou demissão de servidores. Ela não foi tão clara em suas colocações, mas deixou transparecer que não se sente confortável participar da gestão ante as denúncias de que o presidente é acusado. Edênia afirmou que não quer compactuar com erros, mas não relatou nomes ou situações.

O pronunciamento foi comentado por colegas que elogiaram seu trabalho e atuação. A Mesa Diretora, era composta por ela, pelo presidente Alexandre Campos e pelo vice-presidente Silvano Gomes. Na próxima semana deverá acontecer a eleição do novo secretário para a conclusão do mandato, que se encerra em dezembro.

Subvenção para o Hospital Manoel Gonçalves será votada na próxima semana

Na próxima sessão do legislativo, dia 8 de fevereiro, os vereadores vão analisar o projeto de lei do prefeito Neider Moreira (PSD), que abre crédito especial para repasse de subvenção social à Casa de Caridade Hospital Manoel Gonçalves Moreira no valor de R$ 3.450.000,00. O dinheiro, previsto  no orçamento vigente, será destinado ao pagamento do Programa Valora Minas para o exercício de 2022.

O Valora Minas tem como objetivo qualificar a assistência, ampliar o acesso e responder às demandas e necessidades da população mineira mediante a otimização da alocação de recursos nas unidades territoriais de saúde e vinculação dos repasses à resultados assistências e valor entregue à população. A Política de Atenção Hospitalar do Estado de Minas Gerais tem como foco os usuários do SUS, desta forma objetiva qualificar, ampliar o acesso e responder às demandas e necessidades da população mineira mediante organização das redes de atenção e otimização da alocação de recursos nos territórios de saúde.

Resolução dos problemas das chuvas deve estar na pauta de prioridades, cobram vereadores

Os estragos causados pelas chuvas fortes que caíram na cidade no mês de janeiro foram um dos temas presentes nas falas dos vereadores na primeira reunião da Câmara deste ano, terça-feira (1º). Parlamentares mais envolvidos nesse tipo de pauta como Antônio de Miranda (PSC), Antônio de Faria Júnior (PL), o Da Lua;  Aristides Ribeiro (PSC), Joselito Gonçalves (PDT), Giordane Alberto (PV), Lacimar Cezário (PSD), o Três; Márcia Cristina Santos (Patriota) e Silvano Gomes (PDT), trataram do assunto. Eles elogiaram as ações da Secretaria de infraestrutura e Serviços, da Defesa Civil e de órgãos que os apoiaram, como a Polícia Militar e a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros, mas salientaram que o município deve priorizar essas atividades no sentido de corrigir os problemas. Citaram as situações de ruas, praças e prédios públicos que foram danificados pelas chuvas, além das famílias que tiveram perdas de bens materiais e seus imóveis comprometidos. Enfatizaram que pessoas estão vivendo em casas que foram notificadas pela defesa civil por estarem com a estrutura comprometida porque não têm para onde ir. Giordane afirmou que será necessária uma força-tarefa de vários órgãos do município para que sejam solucionados os problemas na cidade. Márcia encaminhou ao plenário projeto de lei que dispõe sobre isenção de pagamento de tarifas de água e esgoto do SAAE a imóveis e edificações atingidos por enchentes e alagamentos. Joselito lembrou que o município possui quase 600 km de estradas rurais e muitas delas estão intransitáveis, trazendo dificuldades para os moradores e a economia desses lugares. Silvano Gomes afirmou que durante o período mais crítico das chuvas, vários produtores rurais tiveram prejuízos porque não tinham como entregar a produção, como frutas, hortaliças e leite. Ele contou que ficou ilhado cinco dias, sem poder sair de casa, e soube de um fazendeiro que teve que jogar fora mais de 1.500 litros de leite. Antônio de Miranda reiterou que por toda a cidade houve grandes problemas de inundações, quedas de barreiras e alagamentos e citou os bairros Sion, Vila Vilaça e Vila Tavares, irmãos Auler, Nova Vila Mozart, Jk e João Paulo II como os mais críticos.

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