O diretor do SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto Arley Silva vai comparecer à Câmara Municipal para prestar esclarecimentos acerca da recém-criada matriz tarifária (nova proposta de cobrança do serviço de água e esgoto no município) e do andamento das obras da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto).
A construção da ETE se arrasta desde o governo do prefeito Eugênio Pinto (2005-2008 e 2009-2012) e hoje está a passos lentos devido à falta do envio de recursos do governo federal. Uma parte do dinheiro para a obra é de responsabilidade da Prefeitura, a outra, da União. O executivo municipal não pode mais aplicar recursos no serviço uma vez que a contrapartida de Brasília não está sendo transferida há algum tempo.
A convocação do dirigente do SAAE foi proposta pelos vereadores da oposição e apoiada por todos os edis, uma vez que o próprio Arley se mostrou interessado em falar desses temas no legislativo.
Também proposta na reunião da Câmara no início dessa semana a solicitação de comparecimento ao plenário do secretário Rosse Andrade, da Infraestrutura, não foi aceita pela maioria dos edis. Andrade deveria participar, em convocação do mesmo grupo de oposição, de uma sabatina para esclarecer denúncias de irregularidades de sua pasta feitas em redes sociais.
A justificativa dos edis contrários à convocação é que a Comissão de Obras e Serviços da Câmara, composta pelos edis Aristides Ribeiro (PSC), Kaio Guimarães (PSC) e Nesval Júnior (PSD), já está investigando a acusação, e os trabalhos não foram concluídos. Também se apegaram os edis da base governista a um parecer da Procuradoria Geral do Legislativo contrariando esse tipo de solicitação com base no Regimento Interno da Câmara Municipal.
Uma das vereadoras que assinaram a proposta de convocação, Márcia Cristina Santos (Patriota), afirmou que diante da negativa da Procuradoria, já não estava segura em continuar apoiando o pedido de comparecimento de Rosse Andrade ao legislativo.