Incêndio em coletivo no bairro Morada Nova teve como foco disputa pelo comando do tráfico

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O fogo ateado em um coletivo da empresa Viasul, detentora da concessão do transporte público municipal em 16 de março teve como motivação uma disputa pelo comando do tráfico no bairro Morada Nova.

O delegado de polícia civil Dr. Leonardo Pio, recebeu a imprensa na manhã dessa terça-feira (4) para prestar os esclarecimentos resultantes das investigações que foram realizadas conjuntamente com a Polícia Militar.

Segundo Dr. Leonardo, a ação foi orquestrada com a participação de mandante e executores, onde o objetivo era dar uma demonstração de poder a grupos rivais que disputam o controle do tráfico naquela região.

O bairro Morada Nova, além de ser um dos mais populosos da cidade, também registra elevado número de ocorrência relacionadas ao tráfico de drogas, que vão desde a prisão de traficantes, apreensão de grande volume de drogas anualmente bem como homicídios relacionados a rixas e acerto de contas entre traficantes.

Dr. Leonardo pontuou que o episódio ocorrido em Itaúna, está relacionado apenas a uma rivalidade interna no município não havendo nenhuma correlação com outros crimes semelhantes que vem acontecendo tanto em Belo  Horizonte como em outros estados e capitais do pais.

As investigações levaram a identificação de quatro envolvidos no crime, dois homens que entraram encapuzados no coletivo, como informou a PM no dia do ocorrido e que mandaram o motorista que estava com o ônibus parado no ponto final sair e correr ateando fogo logo em seguida, um intermediador da ação que por sua vez cumpria a determinação de um mandante, todos eles são de Itaúna. Dos envolvidos no crime um deles já se encontra preso, os demais foram identificados e já estão com mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça.

Fato não informado pelas equipes de socorro e polícia no dia do crime é que, além de um imóvel comercial ter sido tomado parcialmente pelas chamas e uma casa pela fumaça tóxica que tirou a vida de um cachorro, um homem de 40 anos, com deficiência mental, ficou gravemente ferido com queimaduras em 40% do corpo, fato este que chegou apenas ao conhecimento da imprensa nesta terça-feira.

O crime e suas consequências levou o judiciário a enquadrar os envolvidos nos crimes de terrorismo, homicídio tentado, maus tratos contra animais resultando em morte, incêndio qualificado e dano qualificado.