Marcinho Hakuna e Marlete Gonçalves – candidatos à Prefeitura de Itaúna

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O Jornal S’Passo continua nessa edição a publicação de entrevistas com os candidatos e as candidatas à prefeitura de Itaúna (e os seus (suas) respectivos (as) vices). Como informamos na edição anterior, a sequência de publicação das entrevistas foi definida por ordem alfabética do nome do (a) candidato (a) majoritário (a), previamente comunicado a todos. São as mesmas questões para os (as) seis, e em espaço igual.

Os entrevistados desta edição são Marcinho Hakuna e Marlete Gonçalves, da coligação “A Força do Povo”, do PSC/PTB/PSL/PODE/PSDB.

Márcio Gonçalves Pinto, Marcinho Hakuna, é casado com Gina Batista, pai de três filhos – Caio, Maria Julia e Theo. Marcinho Hakuna tem 48 anos, é formado no Ensino Médio e empresário do setor cultural, fundador e proprietário da banda Hakuna, que possui mais de 20 anos de atividade. Foi diretor de Cultura do prefeito Osmando 2000 e 2002 e assessor do deputado estadual Neider Moreira, de 2003 a 2012. Eleito vereador em 2012 pelo PPS e em 2016 pelo PSD, sendo presidente da Câmara nos anos de 2017 e 2018. Hakuna foi candidato a deputado Federal em 2018 e hoje é suplente pelo PSL. É candidato a prefeito pelo PSL, número 17.

1. Qual é a maior motivação para a sua candidatura a prefeito de Itaúna? Quais são os principais desafios que o próximo prefeito precisa assumir? E de que forma isto será viável?

Em minha vida pública tenho andado por toda Itaúna e sei as necessidades prementes de cada região. Eleito, a primeira iniciativa é passar a limpo as contas do município, buscando o enxugamento da folha salarial, a renegociação de preços com fornecedores etc., para que possamos viabilizar a administração e realizar grandes projetos para a nossa cidade. E atacar a questão da industrialização, com a atração de novas indústrias, com geração de emprego e renda para todos.

Para tanto, precisamos trabalhar com uma equipe de secretários técnicos e eficientes e, se possível, formado em sua totalidade por itaunenses. Desta forma conseguiremos realizar os projetos com mais dedicação e amor, já que é nessa cidade que escolhemos para viver e criar nossas famílias.

Sabemos que para realizar obras necessárias para o povo teremos que chamar os empresários que investem ou querem investir nessa cidade para exercitar a responsabilidade social, por meio de parcerias público-privadas, a exemplo do que acontece em muitas cidades.

Inovar é preciso! Por exemplo, na área de saúde, vamos implantar o Programa Saúde na Hora. Ele consiste em um três ou quatro PSF’s, um por cada região, atendendo até às 22 horas. Isto possibilitará ao trabalhador, que labuta até às 17, 18 h, ter um atendimento no mesmo dia. Hoje, a saúde em Itaúna tem hora marcada para acabar: todos os locais de atendimento fecham às 16 h. E como viabilizar isto? O Saúde na Hora é um programa federal, que já conta com recursos disponíveis no Ministério da Saúde, bastando então vontade, disponibilidade e bom relacionamento no Governo Federal, para ir a Brasília e buscar estes investimentos para a saúde itaunense.

Este atendimento ampliado, noturno, vai também desafogar o Plantão 24 h. Pequenas demandas de saúde que podem ser resolvidas nos PSF’s, nestes horários, não irão mais para o Plantão 24 h, que tem de atuar principalmente com as urgências.

2. Eleito prefeito, você irá assumir o mandato no ano em que o município comemora 120 anos de emancipação político-administrativa. O que isso representa para você? Qual é a alavanca do seu governo para a Itaúna do futuro?

Ser eleito prefeito da cidade que amo, no ano de comemoração dos 120 anos de emancipação, será motivo de orgulho e alegria, por um lado, mas de grande responsabilidade, por outro e isto porque ainda precisamos avançar muito em diversas áreas em Itaúna. Mas tenho fé em Deus que, com pessoas competentes e técnicas ao meu lado, grandes sonhos poderão ser realizados!

A diminuição de repasses do Estado e da União, além de uma pandemia, forçarão à uma nova visão administrativa, calcada em parcerias público-privadas, além de criatividade e muita vontade de realizar para tornar Itaúna uma cidade cada dia melhor e com mais qualidade de vida para as nossas famílias.

Queremos entrar definitivamente na era digital, sair da cadeira de prefeito para conhecer novos modelos de administração, ir às ruas para ouvir o povo, suas sugestões e críticas. Queremos secretários em tempo integral, dedicando-se totalmente à Prefeitura e que saiam das mesmices, também buscando inovações, projetos ousados e que deem uma nova performance a Itaúna.

3. Em tempos de pandemia da covid-19 a cidade de Itaúna, vive, como outras cidades brasileiras, momentos difíceis em todos os níveis. Qual seria a reinvenção política do chefe do executivo para devolver à população a confiança, a esperança e a motivação para as questões socioeconômicas e sociais da cidade?

Como disse anteriormente, é importante salientar que Itaúna vive um momento distinto das outras cidades da nossa região. Tecnicamente, nossa microrregião, na qual Itaúna é a principal cidade, está na onda vermelha por ausência de consciência e de fiscalização por parte da Prefeitura. A informação sadia para a conscientização da população, principalmente fora da área central, não foi trabalhada com a intensidade que era necessário. Faltaram, também, ações mais efetivas, como as barreiras sanitárias e, principalmente, de fiscalização. Precisamos de uma administração menos política e mais técnica, com a participação de nossa gente, pessoas com compromisso de fazer Itaúna prosperar.

Na questão socioeconômica, a saída é buscar novos investimentos para Itaúna. Somente com a atração de mais indústrias vamos gerar empregos e renda para os cidadãos. Para isto, o meu futuro secretário de Desenvolvimento será um viajante. Quero que ele e sua equipe viajem para conhecer outros projetos de industrialização e de geração de empregos em todo o Brasil. Vamos tentar implantar no Distrito Industrial da Fazendinha um modelo de construção de galpões, com portaria compartilhada, para a diminuição de custos para todos os empresários, onde os investidores de Itaúna ou de fora poderão instalar seus negócios, pequenos, médios ou grandes, gerando 50, 100, 200 ou até mais empregos por cada galpão utilizado. Com parcerias com deputados federais e senadores poderemos buscar os recursos para construir 10. 20 ou mais galpões em área compartilhada.

Na área social os resultados serão buscados através das ações generalizadas da administração. Desta forma, com mais saúde, mais oportunidade de empregos, mais assistência da secretaria municipal de Desenvolvimento Social, mais educação, mais cultura, mais lazer e esporte, você alcança maior qualidade de vida para a população. Isto vai gerar bem-estar social!

4. Alguns dos grandes problemas no município são as políticas públicas voltadas para a cultura, o lazer e o entretenimento direcionadas, sobretudo, à juventude. Como o senhor pretende viabilizar a execução de projetos que atendam a essas demandas?

Como profissional da cultura na nossa cidade sei das dificuldades dos artistas e da falta de incentivo do poder público. Sustento e sustentei os meus filhos como artista nessa cidade e sinto na pele a falta de projetos de incentivo público para o desenvolvimento da cultura. Conheço profundamente as necessidades da cultura, por isso consigo diagnosticar e estabelecer projetos que resgatarão a história e a memória do nosso povo, através dos festivais, dos concursos literários, das exposições de artes plásticas, de mostras de danças e buscar o renascimento do teatro em Itaúna, que sempre foi intenso e hoje está praticamente morto. Vamos revitalizar o carnaval, o Congado, as festas tradicionais de nossa cidade, tentando, inclusive, voltar com as festas da Exposição. Buscarei propiciar o envolvimento dos nossos jovens, retirando-os dos riscos sociais, e também promover o desenvolvimento do turismo e, consequentemente, a geração de renda para todo o comércio de Itaúna. A Prefeitura não tem de fazer cultura, ela tem de oferecer as ferramentas necessárias para que a própria classe artística produza a cultura, com espetáculos e apresentações de qualidade.

5. É possível que haja no município uma verdadeira participação popular na elaboração de políticas públicas para atender a um maior número de pessoas. O senhor concorda com isso? De que forma isto possa ser executado?

Sim! Como vereador e dirigente do Legislativo, eu sempre ouvi o povo, buscando a participação popular nas decisões e melhorias dos projetos de lei para Itaúna. A exemplo do que sempre pratiquei, gostaria de implementar comissões temáticas permanentes, para que a população participe de importantes decisões do Executivo. O gestor deve fazer projetos que beneficiem o maior número de pessoas na cidade e nada melhor que elencar iniciativas e projetos de necessidade e escolha do povo. A Prefeitura deve trabalhar de portas abertas para o itaunense conclamando a participação popular. Mas, para tanto, precisamos desenvolver ferramentas tecnológicas, buscando a celeridade de resolução das matérias, transparência na execução da administração pública e maior conexão com o nosso povo, já que são eles os maiores beneficiários e fiscalizadores da gestão e do dinheiro público.

6. O que representará verdadeiramente a figura do vice-prefeito no seu mandato?

Quando falamos em gestão responsável e técnica, automaticamente escolhemos pessoas que vão somar em nossa administração. A adesão da Marlete como vice-prefeita traz à tona, principalmente, o desenvolvimento de um dos maiores pilares sociais: a educação. E como fisioterapeuta também poderá nos ajudar muito na área da saúde. A Marlete conquistará, certamente, com toda a sua experiência como educadora e coordenadora da Faculdade de Itaúna, muitos avanços na área, já que além de uma grande profissional, ela traz consigo a visão e a força de mulher, mãe e guerreira, com propostas concretas aos nossos jovens. Assim conseguiremos construir uma nova história e um novo futuro, principalmente para a juventude sob o risco de vulnerabilidade social. Nossa vice será uma vice-prefeita que vai trabalhar!

A candidata a vice-prefeita

Marlete Aparecida Gonçalves Melo Coelho é casada com Silfarne há 29 anos, mãe de 2 filhos: Felipe e Luiza e avó da Giovanna. Tem 52 anos e é formada em Fisioterapia pela UFMG. Hoje é fisioterapeuta, professora na Universidade de Itaúna desde 2005, tendo sido coordenadora do curso de Fisioterapia de 2009 a 2018 e empresária. Atua como orientadora de estágio na área da Saúde do Idoso Institucionalizado no CRASI e Fundação Frederico Ozanan. Aos 15 anos fez estágio no setor financeiro da Aldebarã, aos 17 mudou-se para Belo Horizonte para estudar. Estagiou e Trabalhou na CLIMECI após sua formatura. Foi convidada para a implantação e execução do Serviço de Fisioterapia da Prefeitura Municipal de Itaúna em 1995. Em 1997, na Prefeitura Municipal de Itaúna, iniciou o trabalho de fisioterapia junto aos grupos de terceira idade e no atendimento aos idosos do CRASI até 2002 quando assumiu a função de professora do curso de Fisioterapia da UNIFENAS. Mulher de Garra, com conhecimento e vivência na educação e saúde, concorre pela primeira vez a um cargo público eletivo como candidata a vice-prefeita pelo PSL.

1. O que dizer de sua candidatura à vice-prefeita? O que levou a essa escolha e como o seu nome foi colocado junto da coligação?

Sempre participei de forma indireta da política da nossa cidade. Até porque, como pessoas, em nossa essência, somos seres políticos.

Ao longo de minha vida, dedicada à educação e ao futuro de nossos jovens, tinha o sonho de poder contribuir muito mais do que fazia. Incentivei alunos a se envolverem na política, porque é através dela que são tomadas decisões para o bem comum.

É preciso acreditar, ter coragem, principalmente como mulher, já que ao longo da história, nós, mulheres, não tivemos grande participação na política. É preciso mostrar que somos capazes de vencer desafios, lutando por nossa gente.

Nunca pensei em ser candidata, até porque, a maioria das pessoas que se candidatou até hoje ao cargo de prefeito de Itaúna, teve valores que acredito serem imprescindíveis aos gestores públicos.

Hoje, ao lado de Marcinho Hakuna, com alinhamento ideológico e de valores, me coloco como candidata para que o povo possa de forma legítima, escolher as melhores opções para administrar Itaúna por quatro anos. A alternância de poder é extremante importante. Todos já conhecem essa administração, mas acredito que eu e Hakuna temos proposições e projetos para o desenvolvimento de Itaúna bem mais consistentes e responsáveis.

2. Eleita sua chapa, como você pretende atuar junto ao prefeito? O que você tem como propostas para a administração municipal na condição de parceira do chefe do Executivo?

De maneira conjunta, especialmente no acolhimento das pessoas e de suas necessidades, auxiliando-os sempre que necessário, com minha experiência na área da saúde e da educação.

A soma de experiências trará o que Itaúna precisa e merece hoje. Vamos administrar nossa cidade conjuntamente com especialistas e técnicos em cada área. Não faremos da Prefeitura cabide de emprego político. Nos dias de hoje, não existe espaço para administrações irresponsáveis.

Como mulher, peço a participação das mulheres de Itaúna em nossa campanha, porque precisamos discutir assuntos determinantes de inclusão social. Nós, mulheres, seremos a mão acolhedora também para os problemas sociais de nosso município.

3. Na sua visão, quais são os principais desafios que a administração municipal irá enfrentar nos próximos quatro anos?

Depois de uma crise econômica que assolou o país, gerando milhares de desempregados, somada à pandemia, que aumentou este desemprego e trouxe inseguranças futuras, cabe ao gestor público iniciativas para atrair empresas e aumentar a receita do município para aplicação dos recursos nas políticas públicas e, consequentemente, a geração de empregos em nossa Itaúna. Precisamos criar incentivos fiscais e convocar os empresários da cidade de Itaúna, que amam esta cidade, a participar mais efetivamente com sua responsabilidade social. As parcerias público-privadas são o caminho para o desenvolvimento de muitas áreas. Eu e Hakuna trabalharemos incansavelmente e de forma responsável para administrar o atual endividamento da Prefeitura e abrir conversações com todos os setores sociais e empresariais, trazendo soluções para o desenvolvimento ordenado de nosso município.

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