Violência contra a mulher contribui para o aumento do número de crimes no país

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Em Itaúna, profissional responsável pela Delegacia de Proteção à Família, Leonardo Pio, aponta eficiência do serviço e diminuição de casos no município

Divulgada na semana passada, a 14ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra que a violência de gênero ainda é imensa no país, com alarmantes números de crimes contra a vida das pessoas. Segundo as informações da publicação, os homicídios dolosos de mulheres e os feminicídios tiveram crescimento no primeiro semestre de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado. No caso dos homicídios dolosos, quando há a intenção de matar, o número de vítimas do sexo feminino aumentou de 1.834 para 1.861, um acréscimo de 1,5%.

Há, segundo o Anuário, um estupro a cada oito minutos no país. As informações foram fornecidas pelas Secretarias Estaduais de Segurança Pública e compiladas pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Diante desses dados, o Jornal S’Passo quis saber informações acerca da violência contra a mulher na cidade. Houve uma queda dos casos de violência contra a mulher em Itaúna se compararmos os números de anos anteriores, de acordo com o delegado Leonardo Pio, da Delegacia de Orientação e Proteção à Família. No entanto, no portal da Sejusp – Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, os dados apontam que em 2018 foram 416 ocorrências de violência contra a mulher. Em 2019, os números aumentaram para 482 e em 2020 são 431 registros, apenas no primeiro semestre.

O delegado conta que desde que assumiu a delegacia, em agosto desse ano, inúmeras práticas foram implementadas, em especial a estruturação do setor de acolhimento às vítimas e testemunhas, qualificando as rotinas e aplicação dos equipamentos de defesa de vítimas de violência doméstica e vulneráveis. Ele acrescenta que as servidoras do setor foram capacitadas e devido à interlocução da Polícia Civil, Polícia Militar, Judiciário, Ministério Púbico, Defensoria Pública e OAB, atualmente é possível fixar as medidas protetivas de forma ágil durante o atendimento.

Em Itaúna os atendimentos mais comuns da Delegacia da Família são de crimes de ameaça, vias de fato, lesões corporais e crimes contra honra da mulher. O Jornal S’Passo quis saber se pelo fato da delegacia destinada ao atendimento da mulher ser dirigida por um homem não há dificuldade em se buscar o serviço. Para ele não há aí nenhuma barreira que impeça a procura pelo atendimento. “A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher sendo coordenada por um homem não prejudica a atuação. Contamos com uma equipe extremamente qualificada composta por servidores do sexo feminino e masculino para atender as vítimas de violência doméstica desde o acolhimento até a realização de procedimentos necessários. O que confirma tal atuação qualificada são os resultados obtidos nos últimos 60 dias com a diminuição de casos gerais de violência contra a mulher no município”, salientou.

O delegado destacou que a Polícia Civil reafirma seu compromisso com a sociedade itaunense, pontuando que a instituição tem trabalhado muito para qualificação de seus serviços e otimização de processos que garantam a efetiva aplicação da Lei Maria da Penha. E assim, promove a sensação de segurança às vítimas e comunidade em geral.

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