Movimento Conservadores Cristãos contesta denúncia feita de assédio e ameaças à esquerda

Comissão de Direitos Humanos da 34ª Subseção da OAB apontam intimidação e abuso do poder econômico de grupos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em Itaúna

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O Jornal S’PASSO recebeu a ligação da dirigente do Movimento Conservadores Cristãos de Itaúna, Eliane Soares Franco, que encaminhou em seguida ofício contestando texto de lido no plenário da Câmara Municipal, no dia 18 de outubro, em que a Comissão de Direitos  Humanos da 34ª Subseção OAB atribui atos de intolerância democrática de grupos da direita, em clara referência ao MCCI.  Denúncias de assédio moral e ameaças contra militantes da esquerda são apontados como prática dos partidários da direita nos últimos dias. O MCCI registra “inescrupulosas mentiras e sem qualquer lastro probatório” os relatos contra a esquerda, segundo texto da OAB lido no plenário do legislativo, afirmando que a  campanha “pela reeleição do nosso presidente, denominada “Brasil com Bolsonaro”, na cidade de Itaúna” tem sido feita de maneira ordeira e dentro da legalidade. O texto fala ainda em possíveis atos isolados, não condizentes com as orientações do MCCI e diz lamentar esta exposição “completamente irresponsável e caluniosa”, pois que “ninguém jamais foi forçado ou coagido a afixar ou receber quaisquer materiais de campanha de Jair Bolsonaro”.

Por fim, os bolsonaristas do Movimento afirmam “lamentar profundamente que a Câmara de Vereadores de Itaúna tenha se prestado à leitura de ofício com acusações tão levianas, em que um órgão de importância inconteste como a OAB, não se manifestou como entidade, mas apenas pela via de uma comissão, sem qualquer autoridade formal para fazê-lo, e a nosso ver com viés claramente partidário”.

OAB de Itaúna diz não compactuar com teor de documento

A 34ª Seção da OAB de Itaúna, através do seu presidente Irineu Carvalho de Macedo Júnior, afirma que o documento lido em plenário, sob a assinatura de dois de seus membros representantes da Comissão de Direitos Humanos,  não representa o pensamento da entidade. Ele escreve que “a OAB/MG repudia qualquer ato de repressão à liberdade política e partidária, em especial quando envolver qualquer tipo de violência, seja física ou moral. E está pronta, através de sua Comissão de Direitos Humanos, a agir em defesa da sociedade sempre que houver qualquer tipo de agressão às liberdades individuais, mormente aquelas que envolvam a pluralidade política e de ideias. Todavia, os fatos narrados no ofício anterior não foram devidamente apurados e, portanto, foram prematuramente denunciados, sem o consentimento da direção da 34ª Subseção da OAB/MG, passando-se a impressão falsa de que esta instituição tomara uma posição partidária a respeito do tema. Portanto, venho, na qualidade de Presidente, manter o pedido de proteção a todos os cidadãos que se disponham a expressar publicamente, de forma ordeira, sua posição política nesta cidade, seja em defesa de partidos políticos, seja em defesa de ideais, eis se tratar de um direito fundamental irrevogável. Mas é importante frisar que esta instituição deixa claro que não tem qualquer envolvimento partidário político e não se posiciona contrariamente a nenhum partido ou movimento legítimo e democrático”.

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