Vereadores rejeitam proposta para convocar empresa de transporte coletivo à Câmara

Vereadora afirma que o serviço continua precário, com motoristas tendo que exercer dupla função e que há denúncias de assédio sexual nos ônibus

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Na reunião da Câmara Municipal de ontem (09), os vereadores rejeitaram por votação a proposta de emenda à Lei Orgânica, permitindo que a concessionária do serviço de transporte coletivo seja convocada regularmente pelos parlamentares para prestar esclarecimentos.

A proposição, de autoria de Gustavo Dornas (Patriota), foi derrubada por 9 votos a 7 [na ocasião estava ausente o vereador Lacimar Cezário (PSD), afastado por questões de saúde].

Para os vereadores que votaram contra, não é necessário que seja feita alteração na Lei Orgânica para que haja esse tipo de convocação. A concessionária pública pode ser chamada a qualquer momento em atendimento à convocação das comissões permanentes do legislativo, a exemplo da Comissão de Obras e Serviços Públicos.

“A gente deve valorizar as comissões permanentes, acho melhor do que diversificarmos as funções do vereador. Vamos usar os mecanismos corretos, os mecanismos da Casa”, disse o presidente da Câmara, Alexandre Campos (DEM).

Alexandre Campos. Imagem: Jornal S’passo

Gustavo Dornas afirmou que o legislativo tem que continuar pontuando a necessidade de bons serviços do transporte e cobrar da empresa e do poder público que isso aconteça. Ele recordou que no início desse ano foi prometida a construção do terminal urbano para embarque e desembarque de passageiros (projeto que seria realizado na praça José Flávio de Carvalho) e que até hoje não saiu do papel.

Gustavo Dornas. Imagem: Jornal S’passo

Mesmo com a proposta desaprovada, vários parlamentares relembraram as constantes reclamações relacionadas à empresa ViaSul, que presta o serviço de transporte coletivo em Itaúna.

Na opinião da vereadora Edênia Alcântara (PDT), o serviço está novamente em queda de qualidade e os mais penalizados são os operários, as donas de casa, as pessoas mais simples, que utilizam o transporte diariamente e que convivem com tarifas caras e serviços ruins.

Alcântara lembrou que por diversas vezes os colegas falaram da dupla função dos motoristas, que têm que cobrar passagem, da grande quantidade de passageiros nos pontos e no interior dos ônibus em plena pandemia e do atraso do transporte com o descumprimento de horários. Também citou um fato novo de extrema gravidade que tem acontecido, mulheres estão sendo vítimas de assédio sexual nos veículos lotados.

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