Na Câmara, diretor do SAAE reafirma que implantação da nova tarifa beneficia quem consome menos água

Arley Silva também abordou a construção da ETE esclarecendo que a obra só não está pronta por causa de atrasos de verbas federais

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Alexandre Campos (direita) foi um dos vereadores que pediram esclarecimentos ao diretor do SAAE, Arley Silva (esquerda, blusa azul). Imagem: Jornal S'passo

O diretor do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Itaúna), Arley Silva, compareceu à reunião da Câmara, terça-feira (9), para falar das novas tarifas do serviço e da construção da ETE – Estação de Tratamento de Esgoto. Silva reafirmou para os vereadores as informações recentemente publicadas no Jornal S’PASSO acerca dos temas. O diretor estava acompanhado da gerente administrativa da autarquia, Eliana Tavares, e da assessora de comunicação, jornalista Danielle Du Carmo.

Houve inicialmente uma explanação do profissional e em seguida os vereadores puderam fazer perguntas. Algumas questões, como as do vereador Gustavo Dornas (Patriota), que envolvem números e contas minuciosas, Arley solicitou que fossem encaminhadas por escrito, em forma de ‘pedido de informações’. A princípio ele iria falar apenas das novas tarifas de água e esgoto – de acordo com a convocação que a Câmara lhe encaminhou –, mas ele aceitou também falar sobre as obras de edificação da ETE.

Justiça social, com benefícios para menores consumos e penalidade para o desperdício

Nas palavras do dirigente Arley Silva Itaúna está na vanguarda do marco legal de saneamento, com um atendimento de água e esgoto para a quase totalidade da população. E que a nova matriz tarifária (de cobrança pelos serviços), em vigor desde outubro, vem complementar essa atuação eficiente, proporcionando uma antiga demanda da população itaunense: a cobrança justa da conta do SAAE. No passado, as pessoas pagavam a taxa mínima, independente do consumo real, hoje, com a matriz tarifária, a conta é feita com a tarifa fixada mais o consumo efetivo.

Em termos de números, a cobrança da tarifa mínima de água era de R$ 117,59, independente do que havia sido gasto, agora os valores correspondem a pouco mais de R$ 30,00. As pessoas que gastam menos estão pagando menor tarifa. As contas mais robustas são para aqueles que consomem muito ou que desperdiçam. Justiça social na cobrança do SAAE, garantiu Arley Silva.

“Alguém vai ter que pagar por essa ‘tarifa social”

Os vereadores compreenderam as explicações e os questionamentos acerca do tema, inclusive de que houve aumento real nas cobranças, conforme algumas reclamações encaminhadas aos edis. Os esclarecimentos acerca disso são de que existe um período de adaptação do novo programa, em acordo com a prestação do serviço e o efetivo consumo nas residências. A maioria das pessoas, garantiu Silva, tem constatado que a cobrança do SAAE está diferenciada, proporcionando redução da conta. Nesse novo planejamento, as pessoas em situação de desemprego ou de instabilidade socioeconômica, cadastradas junto à Secretaria de Desenvolvimento Social, serão as maiores beneficiadas com redução considerável da tarifa.

A presença do diretor do SAAE foi elogiada pelos vereadores, que agradeceram sua disponibilidade. De posse de algumas contas o vereador da oposição Antônio de Miranda (PSC) disse que há indícios de que houve aumento nas tarifas e que alguém vai pagar pelo aumento já que o SAAE não irá promover justiça social com os seus próprios recursos. Outro da oposição, o edil Gustavo Dornas, referiu-se às contas que não foram impactadas pelo benefício da “tarifa social” como “discrepância”.

ETE está com 99% de sua obra civil concluída

Acerca da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), o dirigente do SAAE contou que a construção está com 99% de sua obra civil e 68% da situação financeira concluídas. O que impede a conclusão definitiva e a entrega à população de sua “maior obra civil da História de Itaúna” é o atraso dos recursos do governo federal. O SAAE não tem mais como aplicar dinheiro nessa construção, iniciada ainda em mandatos anteriores.  Arley explicou que em suas incursões junto aos órgãos de Brasília foi informado de que o cheque está pronto, mas falta orçamento federal, em torno de R$ 4 milhões, para finalizar a obra da ETE.

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