Na semana da mulher, as lembranças do protagonismo feminino em Itaúna

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As pessoas vão ouvir muito por esses dias (por causa do 8 de março) acerca de empoderamento feminino e mais que isso, sobre o protagonismo das mulheres nos dias de hoje. Nas escolas, na política, nas  artes, nos esportes, nas indústrias, nos hospitais ou nas redes de influência das mídias modernas – as influenciadoras digitais – as mulheres se destacam.  Mas o nosso foco é Itaúna, cidade do interior, com suas características socioeconômicas e culturais. Aqui, o protagonismo feminino é um tema controverso e há quem diga que vai se fortalecendo devagarinho. Que aos poucos as mulheres vão ocupando os espaços de poder. Com quase 120 anos de emancipação político-administrativa a cidade de Itaúna mostra que  nunca houve uma mulher no comando da Prefeitura – hoje a cidade conta com a vice-prefeita Gláucia Santiago, que já foi vereadora por três mandatos. A representação do sexo feminino na Câmara Municipal veio somente a partir dos anos de 1970 (uma mulher por mandato, à exceção dos três últimos, com três). Em mais de um século foram apenas 13 as mulheres no legislativo: Elsa Nogueira, Isma Frade, Vanda Nogueira Neto, Hilda Penido, Magda Lúcia Matos, Elisabeth Coutinho Magalhães (a única que presidiu a Mesa Diretora), Pastora Vanda, Palmira Feliciano, Gláucia Santiago, Otacília Barbosa, Márcia Cristina, Carol Faria e Edênia Alcântara.  Se a história do Brasil pouco evidenciou o protagonismo feminino, essa cidade do interior não foge à regra. Mas, os parcos registros dão conta da presença das mulheres em várias áreas, especialmente na educação, na saúde, nas artes e, em especial, na  assistência social.

A história de Itaúna está repleta da presença de mulheres desde o final do século XIX quando Aureslina de Faria fundou o Jornal Violeta, no arraial de Sant’Ana do São João Acima, contando com participação de outras mulheres pioneiras. E nas primeiras décadas do século XX a mulher Maria Gonçalves de Souza Moreira, a Dona Cota, esteve ao lado do marido, o coronel Manoel Gonçalves de Souza Moreira, na fundação da Casa de Caridade que leva o seu nome. Mais tarde foi ela a fundadora da Orfanato de São Vicente de Paulo. Nas placas de rua algumas das mulheres se fazem presentes – outras estão apenas na memória das pessoas – e outras continuam por aí emprestando seu talento e suas potencialidades, sendo protagonistas ou não. É o caso de Dona Dorica, Dona Çãozinha Basílio, Dona Maria Ana, Dona Yedda de Paula Machado, Anna Alves, Maria Lúcia Mendes, Maria Emi, Irmã Benigna, Telma Cardoso, Vânia Campos, Ziléia Antunes, Dona Graciana, Gilka Drumond, Nise Campos, Elina Dirce, Maria Helena Corgozinho, Dona Estela Máximo, Dona Iracema Fernandes de Souza, Balbina do Severiano…

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