Projeto que proíbe linguagem neutra nas escolas de Itaúna é aprovado

Vereadores deixaram para depois votação de projetos importantes, como a criação do “aluguel social” e alterações na concessão do serviço funerário

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Os vereadores deixaram para depois a decisão sobre alguns projetos de lei considerados relevantes para a cidade, como a criação do ‘Programa Aluguel Social’, de autoria do prefeito Neider Moreira. Também não foi dessa vez a votação da matéria que impede a contratação, em cargos públicos diretos, indiretos e em comissão, de pessoas condenadas pelos crimes contra a mulher, pela “Lei Maria da Penha, do vereador Kaio Guimarães (PSC). Outro assunto que está suspenso na pauta prevê o aumento da concorrência da exploração de serviços funerários, por até três empresas participantes das atividades.

Apesar da série de matérias em “stand by”, os vereadores aprovaram essa semana, por sete votos a cinco, a proposição do vereador bolsonarista Kaio Guimarães que proíbe nas escolas do município o uso de linguagem neutra. Isso significa que poderão ser vedadas novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da língua portuguesa, em contrariedade às regras gramaticais consolidadas no país.

A linguagem neutra se baseia na premissa de que discursos direcionados a grupos de pessoas sejam alterados para que não se utilize mais o plural masculino, em especial e, ainda o feminino. Assim, de acordo com a proposta, estabelece-se uma identificação artificial de gênero neutro, substituindo-se o artigo “o” por “e”, “i”, “x” ou qualquer outro termo que supostamente afaste a marcação binária de sexo masculino ou feminino. A maioria dos vereadores ficou calada e votou em bloco pela aprovação ou rejeição da matéria. Alguns se opuseram ao projeto com o argumento de que não cabe ao município impor modificações à língua brasileira, competência da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB).

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