Sete Perguntas para o presidente da AVACCI, Antônio Carlos de Oliveira

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Com o lema “O amor que cura” a Associação de Voluntários no Apoio ao Combate do Câncer em Itaúna – AVACCI, atua em Itaúna há mais de 20 anos. O presidente da entidade hoje é Antônio Carlos de Oliveira, itaunense, aposentado e que se dedica à área de assistência social desde 1994.

Ele começou a atuar na Comunidade Bom Pastor e, em seguida foi prestar serviços na AVACCI. Como forma de ressaltar a importância do debate acerca do câncer, especialmente no mês do ‘Outubro Rosa’, o Jornal S’PASSO entrevistou o dirigente da AVACCI.

1. Como nasceu a AVACCI em Itaúna, quem são seus fundadores? Qual é o papel dessa entidade no município? Desde quando o senhor está à frente de sua organização?

 A AVACCI iniciou suas atividades em julho do ano 2000. Seus idealizadores foram Mario Celso Nogueira de Oliveira e Gilberto Carlos G. Oliveira, entre outros. O papel da Avacci, não só no município de Itaúna, mas também em várias cidades vizinhas, é prestar apoio ao portador de câncer, oferecendo-lhe melhores condições de enfrentamento da doença.

O paciente de câncer conta na Avacci, de forma gratuita, com assistência médica nas especialidades de oncologia, ginecologia, urologia, clínica geral, ultrassonografia, além de enfermagem, assistência social, fisioterapia, nutrição, psicologia e assistência social.

A entidade fornece ainda fraldas descartáveis, leite, medicamentos e exames de sangue e imagem. Nos últimos dois casos, conforme a avaliação socioeconômica do paciente a ajuda pode ser parcial ou total. Eu participo da administração da AVACCI desde julho de 2007.

2. De que forma a entidade sobrevive? Seus servidores são voluntários ou contratados com remuneração?

A AVACCI sobrevive, em grande parte, com as contribuições da comunidade e doações de algumas empresas cidadãs. Há também um pequeno repasse feito pelo SUS que corresponde a menos de três por cento das despesas. Eventualmente é concedida alguma verba parlamentar municipal e estadual e todos os servidores são remunerados.

 Já a diretoria e os membros do conselho são voluntários, bem, como diversas pessoas de bom coração que auxiliam a Avacci em várias atividades.

3. Estamos iniciando o mês do ‘Outubro Rosa’ em que há um debate maior acerca do câncer de mama. O que a AVACCI propõe para esse mês? Existem estatísticas desse tipo de doença em Itaúna nos últimos anos?

Nosso objetivo é mostrar à população a importância da realização de exames preventivos, pois quando diagnosticado no início é grande a chance de cura. Em Itaúna o câncer de mama é o tipo de maior incidência entre as mulheres.

4. O ‘Outubro Rosa’ faz com que as pessoas pensem mais em se cuidar e prevenir o câncer de mama. Na sua opinião essas campanhas têm auxiliado as pessoas a se informar melhor e buscar ajuda?

A campanha do Outubro Rosa tem se mostrado como importante fonte de informação, com excelentes resultados em termos de prevenção.

5. Qual é a atuação do poder público nos programas desenvolvidos pela AVACCI? Mais especificamente em relação aos projetos oncológicos da Secretaria de Saúde, como é participação da entidade que o senhor dirige?

Existe uma estreita e mútua colaboração Avacci com a Secretaria de Saúde. Há um suporte profissional e material por parte da entidade nos procedimentos oncológicos conduzidos pela Secretaria de Saúde e também pelo Centro Oncológico do Hospital Manuel Gonçalves.

6. A pandemia da Covid-19 tem dificultado uma série de ações de entidades organizadas no município, em razão das restrições sanitárias e da problemática em se lidar com algo novo. Com relação às atividades da AVACCI houve grandes alterações por causa da pandemia?

A Pandemia de Covid-19 veio modificar os protocolos de ação na entidade, sem, contudo, reduzir o nível de atendimento. Modificou somente a questão de atendimento a menor número de pessoas de cada vez para evitar aglomeração, mas ninguém deixou de ser atendido.

7. O Jornal S’PASSO fez recentemente uma matéria com o engraxate Fubá, Expedito Ferreira da Silva, que seria homenageado pela Câmara Municipal e que está com problemas de saúde, em decorrência de um câncer. O senhor pode nos dizer o que realmente está acontecendo sobre o tratamento do rapaz?

 Inicialmente o senhor Expedito foi apresentado à Avacci pela Secretaria Municipal de Saúde no dia 09 de julho, sendo providenciada a biópsia, cujo resultado ocorreu no dia 20 de julho. A partir da biópsia ele foi encaminhado à Secretaria de Saúde, dentro dos protocolos do SUS.

Em 02 de setembro ele fez a primeira consulta no Hospital São João de Deus e daí em diante ele vem seguindo o tratamento. A Avacci tem dado todo o apoio com exames, medicamentos e de profissionais. Nosso Assistente Social está, juntamente com a Assistente Social do Cras, acompanhando e providenciando o que for possível para minimizar seu sofrimento.

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