Sete Perguntas para o secretário de Infraestrutura Rosse Andrade Silva

0
1791

Rosse Andrade Silva, é o Rosse do Pinheiro, lá do Bairro Padre Eustáquio. É itaunense, filho de José Pinheiro Andrade e Iolanda Andrade Silva, irmão de Rover e José Pinheiro Filho, marido da médica Madelaine de Lourdes Bueno e pai de Vítor, Bruno e Jéssica (do primeiro casamento). É bacharel em Direito pela Universidade de Itaúna e técnico em administração. Foi jogador de futebol em vários clubes famosos, como Cruzeiro e Caldense, além de atuar em times de Itaúna e de outros países. Rosse é também comerciante no ramo de bar e restaurante. Foi vereador, candidato a prefeito e ocupou várias secretarias nos mandatos de Hidelbrando Canabrava Rodrigues e Osmando Pereira da Silva, até chegar onde está hoje, secretário municipal de Infraestrutura no governo Neider Moreira de Faria (PSD).

1. Você é dinâmico à frente da Secretaria de Infraestrutura. Tem um jeito de trabalhar que demonstra estar bem à vontade no cargo. É isso mesmo? Há quem diga que você lembra o estilo de trabalhar de dois ex-prefeitos, Célio Calambau e Francisco Ramalho. O que acha dessa comparação?

Fico muito lisonjeado, agradecido por esta comparação com duas pessoas muito trabalhadoras. Dr. Célio Calambau, aquela força que tinha, com aquele vozeirão. O Ramalho, muitos não acreditavam nele no início, veio, mostrou serviço e hoje é um nome que todos aplaudem. Eu tenho isso no sangue, gosto de trabalhar muito, atender a comunidade. Acho que peguei muita coisa deles, do Célio e do Ramalho, e espero que eu não os decepcione.

2. Falando em ex-prefeitos, passa por sua cabeça candidatar-se novamente à Prefeitura e tornar-se prefeito de Itaúna? Quais são seus planos políticos?

Quanto a essa questão de candidatura, no momento não passa nada disso na minha cabeça, seja prefeito, vereador, deputado. Já passei por todas, como vereador e como candidato a prefeito e fui feliz em todas, mesmo perdendo para prefeito. Naquele momento certamente eu não estava preparado para enfrentar a crise que o Neider pegou e enfrentou de cheio. Mas gosto de trabalhar, gosto de servir o povo. Tenho um estilo diferente de política, não é aquele toma lá dá cá, a questão é ter uma equipe boa, ser correto, não ficar prometendo, assumir os compromissos. Mesmo que demore tem que cumprir e fazer as coisas de primeira, não deixar nada no meio do caminho. Isso nos tem dado grande credibilidade.

3. Como falamos anteriormente, seu estilo de trabalho é muito comentado no meio político e nas redes sociais. Mas, se é elogiado, você também é criticado. A que você atribui essas críticas? Você cobra demais dos seus comandados?

Olha, tem crítica construtiva e tem crítica destrutiva. Muitas pessoas querem que a Prefeitura faça o serviço na hora que pedem e a gente sabe que não funciona assim, nenhuma empresa. Tem que haver planejamento, senão você começa uma coisa e parte para outra, não termina aquela… Isso eu tenho segurado bastante e muitos fazem crítica, eu sei, às vezes até eu fico com raiva de mim por não poder atender. Mas a gente tem que seguir um planejamento, uma maneira de atender as pessoas. Todos falam que é urgente, todos querem, aos poucos a gente vai cumprindo com o organograma. O pessoal que trabalha comigo é muito cobrado, exijo muito, mas eles têm total liberdade para executar tarefas, de fazer o horário deles nos sábados, em feriados como forma de compensação. Eu ouço muito, observo muito e acompanho. Eu só cobro o que vejo, não o que ficam falando por telefone, em conversas. Estou sempre nos lugares, acompanhando. Eu trabalho uma média de 12 horas por dia para dar consistência e saber avaliar. E tenho hoje uma equipe de dar inveja, com certeza que podem melhorar muito ainda, mas são pessoas corretas, trabalhadoras, que procuram atender o melhor possível a população itaunense.

4. Recentemente você se envolveu numa polêmica com vereadores, principalmente o Antônio de Faria Júnior (o Da Lua). Como foi de fato essa questão e como está a relação de vocês atualmente?

Sim, me envolvi em polêmica com vereador. É aquela situação de pessoas querendo passar o carro na frente dos bois, como se diz. A gente sabe que o vereador é muito cobrado. Às vezes as pessoas não têm paciência com eles e eles não têm com a gente. No caso específico houve discussão, mas já passou. Outras virão, também virão coisas boas. Eu quero poder atender os vereadores, são todos muito trabalhadores, sei que são muito cobrados, mas eles têm que olhar o lado da gente. São dezessete vereadores, se todo dia eles vêm pedir as coisas, não podemos atender sem planejamento. Mas, estamos todos trabalhando por Itaúna e como secretário vou continuar trabalhando e não posso ficar levando essas picuinhas para casa. Às vezes tenho que fechar um pouco minha boca, porque eu falo muito, e trabalhar. Minha resposta é o trabalho.

5. Itaúna é uma cidade de grandes demandas em termos de infraestrutura. Na Câmara os vereadores, principalmente os novatos, se dedicam muito a indicações de obras e serviços. Na sua opinião, quais são os principais problemas infraestruturais que necessitam de rápida intervenção do poder público?

Para mim uma das mais importantes demandas que precisamos resolver chama-se captação pluvial. Não somente da Jove Soares, que é urgente, mas da avenida Walter Mendes, fazer os gabiões. Também no bairro Itaunense, no bairro Murilo Gonçalves. Então, nós temos muitas obras de captação para fazer, para aliviar os problemas das enchentes. As chuvas vêm, a gente não sabe a quantidade, os problemas aparecem, temos que resolver isso. Já estamos trabalhando nisso, temos muitos projetos, se Deus quiser vamos conseguir. Outra coisa é a limpeza dos ribeirões, córregos, rios, fizemos no ano passado no ribeirão Joanica e no rio São João e conseguimos diminuir os problemas de enchentes. Estamos investindo nisso, precisamos de autorização do Ministério Público do Meio Ambiente e do próprio setor no município. São serviços que parecem simples, mas que são complicados e caros. Mas a gente não pode olhar isso, temos que pensar no futuro e assim temos conseguido realizar. Outra coisa, precisamos dar uma atenção especial à zona rural, realizar obras, pontes, vamos trabalhar com aduelas e acabar com essas pontes de madeira, cuidar dos córregos para evitar as enchentes e os problemas que afetam as pessoas que moram na zona rural ou que lá trabalham, como a questão da produção de leite e agricultura, cerâmica, mineração.

6. Como conciliar o atendimento a obras e serviços para a comunidade com a necessidade de socorrer, por exemplo, a saúde e a economia, em tempos de grandes incertezas por causa da pandemia da Covid-19?

Para mim as grandes prioridades são educação e saúde, temos que atender imediatamente a essas áreas. Os outros são as obras que a gente dá sequência, principalmente a zona rural, a área do Distrito Industrial, e na cidade. Temos trabalhado com muito planejamento e muita presença. Sem planejamento, somente as obras emergenciais, por exemplo, quebrou um mata-burro numa estrada de grande circulação de caminhões de leite, temos que socorrer imediatamente. Trabalhamos desse jeito. E ouvindo as pessoas, sempre ouvindo e acompanhando de perto. Às vezes antecipando os problemas, que é que temos feito agora com a limpeza de córregos para evitar enchentes, com os serviços de captação, com maior abrangência.

7. Falando em Covid-19, é grande o número de trabalhadores infectados pelo coronavírus entre os operários da Secretaria de Infraestrutura? A secretaria tem possibilitado segurança sanitária para esses servidores e cobrado o uso de equipamentos de proteção?

Nós, no Canteiro de Obras, trabalhamos com um público muito humilde, onde temos que estar muito presentes insistindo para que eles usem a máscara, o álcool em gel, manter o distanciamento. Infelizmente tivemos alguns casos de Covid no Canteiro de Obras, inclusive um ex-funcionário nosso faleceu com a doença. Então, a gente feito um trabalho nesse sentido, para que eles lavem bastante as mãos, se higienizando o tempo todo. Colocamos uma faixa bem grande lá com o aviso de que é obrigatório o uso de máscara, mas você sabe, muitas pessoas esquecem, põem no bolso. As pessoas precisam se acostumar, é a nova vida agora, vamos ter que nos acostumar com o uso da máscara, ter mais higiene, lavar as mãos antes de almoçar. São costumes novos para pessoas que não tinham esses hábitos, em que tudo podia, tocar nas coisas, comer com a mão. Mas, no Canteiro de Obras as pessoas têm me surpreendido, dentro do possível estão indo muito bem, graças a Deus. As pessoas lá são muito fortes.

Quero agradecer o Jornal S’PASSO pela oportunidade e dizer que as coisas no Canteiro de Obras são muito simples. Lá é um lugar de muito trabalho, fica no Canteiro de Obras somente quem gosta de trabalhar na infraestrutura. Eu sou apaixonado pela infraestrutura, me sinto realizado e acho que minha esquipe também é desse jeito. Queremos continuar trabalhando, com todos, minha equipe, o prefeito, o deputado Gustavo Mitre, o governador Zema, o presidente, todos os vereadores.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

20 − quinze =