Somente os professores e apenas três vereadores compareceram à Audiência Pública da Educação

Secretários de governo Weslei Lopes, Guilherme Nogueira e Camilla Buzatti não foram ao evento e deixaram os profissionais indignados

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Foi pouco ou sem nenhum proveito a Audiência Pública na quarta-feira (1º), destinada a debater a questão do piso salarial para os professores da educação básica no município e o rateio dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, entre os profissionais. Nem o secretário de Educação, Weslei Lopes, nem o Procurador-Geral, Guilherme Nogueira Soares, nem a Controladora-Geral do Município,  Camilla Busatti, compareceram.  Entretanto, vários profissionais da educação estiveram presentes  e puderam falar da necessidade de se debater um tema tão importante para o município, que é a valorização dos  profissionais da educação e que vem “com frequência sendo deixado de lado pela administração municipal”, com o descumprimento da lei, no caso o piso salarial nacional de 15% para a categoria.

Convocada pelo vereador Gustavo Dornas (Patriota), a Audiência Pública foi também desprestigiada pela própria Câmara, quando apenas três dos 17 vereadores estiveram presentes. Somente ele, Gustavo, mais Antônio de Miranda (PSC) e Edênia Alcântara (PDT) foram ao legislativo na tarde desse dia. Alguns justificaram a ausência e enviaram assessores, a maioria não apareceu e nem justificou a falta.

Um ofício da administração municipal, feito pela Procuradoria-Geral e assinado por Guilherme, Camilla e Weslei, justificou a ausência dos agentes públicos com a alegação de que sua presença “não poderia assumir caráter compulsório”, de obrigatoriedade, uma vez que convites ou convocações ferem o princípio da separação e harmonia de poderes.

Pelas falas dos presentes, professores e vereadores, a alegação dos secretários é confusa, sem argumentos e conteúdo e, grosso modo, sugeria uma “desculpa esfarrapada” para quem não tem como enfrentar o debate com os professores. As críticas ao governo municipal não foram poupadas nem pelos vereadores, nem pelos servidores da rede municipal de ensino. Ambos prometeram buscar as vias judiciais para defenderem as demandas dos profissionais da educação.