Vereadores elogiam vídeo do padre Chrystian condenando o “Poliamor” e novas formas de relacionamento entre casais

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Na reunião da Câmara dessa semana os vereadores Ener Batista (PSL) e Márcia Cristina Santos (Patriota) fizeram coro com a fala do padre Chrystian Shankar que, numa homilia durante missa em Divinópolis, condenou o “Poliamor”, em nome da defesa da família. Batista, vereador de posições conservadoras, contou que tem como bandeiras as ideias defendidas pelo padre, que são os valores religiosos e da família acima de tudo. Ele citou como companheiros de ideal o “pastor Kaio” (Kaio Guimarães, edil do PSC) e Giordane Alberto (PV), além de vereadores do mandato anterior, Joel Arruda (PSL) e Gil Máximo (PSC). “Não fiz uma moção de aplausos, mas quero dar os parabéns ao padre Chrystian, que repudiou uma pauta de uma escola particular de Divinópolis, defendendo os valores cristãos e da família, condenando esse ‘Poliamor’, que é uma forma aberta de relacionamento.”, comentou.

Para religioso  “mudam os nomes, mas a safadeza é a mesma” 

A fala do vereador Ener Batista diz respeito a um vídeo tirado de uma pregação do padre Chrystian Shankar, numa igreja de Divinópolis, que foi alvo de inúmeras postagens nas redes sociais nos últimos dias. Em sua homilia, o religioso abordou o tema Poliamor, que segundo os dicionários recorrentes, “é a prática ou desejo de ter mais de um relacionamento, seja sexual ou romântico, simultaneamente com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos”. O vídeo do padre Chrystian tem o título “Mudam o nome, continua a safadeza”, faz um relato de uma escola de Divinópolis (que ele não cita o nome) em que uma psicóloga (idem) aborda o tema e incentiva os alunos, crianças, a conhecerem a nova modalidade de relação entre pessoas de orientações sexuais diferentes. A postagem viralizou nas redes nesta terça-feira (22) e o comentarista religioso acusou a psicóloga e a instituição de quererem perverter crianças e adolescentes.

A fala do padre tem origem num atendimento que ele teria feito com um casal que o procurou após ouvir uma ligação do filho adolescente, sendo convidado pela melhor amiga para uma relação a três. Os pais pediam ajuda para lidarem com a situação. O adolescente foi convidado pela menina após ela assistir a uma palestra na escola sobre novas modalidades de amor e família. O tema foi duramente criticado por Shankar e em sua fala ele também faz referência à ideologia de gênero e afirma que o Poliamor é “ainda pior”.

“Que tipo de escola esse padre está frequentando?”, questiona professor

Em Divinópolis, várias pessoas comentaram o vídeo, com apoios e críticas. O professor Juvenal Bernardes, que leciona em diversas escolas, usou as redes sociais para rebater as palavras do padre Chrystian Shankar. Ele conta, em vídeo também disponibilizado na internet, que está há trinta anos em sala de aula, inclusive religiosas, e desconhece esse tipo de abordagem de psicólogos ou psicopedagogas nas instituições de ensino. Sobretudo com crianças e adolescentes.

“O que acho estranho é ouvir de um padre a expressão “poliamor”, nunca ouvi falar disso na escola e no meio educacional. Que tipo de escola o padre está frequentando? Ou será que os pais estão acompanhando mesmo seus filhos? Até que ponto este tal de “poliamor” está vindo da Escola? Lamento muito a generalização”, afirmou.

Quem é o padre Chrystian?

O padre Chrystian Shankar de Oliveira Lima é itaunense, filho da professora Ana Maria de Oliveira. Foi ordenado sacerdote em 27 de agosto de 2005. Desde o tempo de seminário, desenvolvia trabalho de evangelização com palestras, encontros e retiros. Foi vigário paroquial em Carmo do Cajuru, Paróquia Nossa Senhora do Carmo, por dois anos. Foi pároco do Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Divinópolis, de 2007 a 2014. Atualmente é administrador paroquial do Santuário São Frei Galvão, também em Divinópolis.

É diretor espiritual do novato colégio Recanto do Espírito Santo, em Itaúna, que recentemente se envolveu numa polêmica por causa de uma postagem em que se atribuía o tipo de roupa usado pela mulher como motivação para o estupro.

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