Sete Perguntas para Débora Faria Mibielli, da equipe de corrida Itaúna Runners

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Débora Faria Mibielli, 39, é itaunense,  casada, mãe do Pedro (de 1 aninho), bióloga por formação. Trabalha na área ambiental da empresa Sapporo. É apaixonada por esporte, em especial corridas, trilhas e por lugares que lhe permitem conectar com a natureza. Débora aceitou nosso convite e hoje é destaque respondendo as Sete Perguntas do Jornal S’PASSO.

1. O que é Itaúna Runners? Como e quando surgiu, e qual objetivo?

Itaúna Runners é um grupo de corrida organizada. Surgiu em 2012 com um pequeno grupo de amigos, Débora, Gilvana, Rogério e Sandro, que se apaixonaram pela corrida de rua e começaram a reunir, programar, marcar e participar de corridas de rua da região. Durante nossos treinos pela cidade, as pessoas começaram a pedir para correr conosco e o grupo foi crescendo, ganhando a seguir, o nome Itaúna Runners. Posteriormente, tornou-se uma associação: ADIR – Associação Desportiva Itaúna Runners. O grupo Itaúna Runners tornou-se uma Associação, a ADIR em 2017, com o objetivo de incentivar e ajudar de maneira mais organizada aos atletas que participam dos treinos e corridas.

O trabalho inicial foi difícil, conduzido pelo ex. presidente Adriano Zeferino, por mim Débora, Varlei, Sandro, Luciano, Erivelton, Caiubi, Geferson, Carlos Eduardo, Rosilene, e muitas outras pessoas que ajudaram e apoiaram muito no início desta caminhada.

Desde 2020 estou como presidente da ADIR juntamente com a vice Lucilene, Thales, Erivelton, Sandro, Varlei, Geferson, Marcus Vinícius e Franck, dando continuidade a este belo trabalho que leva saúde e bem-estar para todos os participantes. O objetivo principal do grupo Itaúna Runners é o incentivo à pratica esportiva, com a realização de treinos gratuitos e abertos a todo público sem distinção de raça, credo, cor, idade ou opção partidária, todas as segundas feiras na avenida Jove Soares.

2. É possível dimensionar o crescimento dessa equipe desde que foi criada e o valor dela para a cidade?

Sim, no início o grupo recebia uma média de 10 a 16 atletas participando dos treinos. Com o passar dos anos mais pessoas foram conhecendo e viram na corrida de rua um esporte simples, acessível e aberto a toda população. Hoje o grupo conta com a participação média de 100 a 150 atletas todas as segundas-feiras, salvo período de pandemia que os treinos com aglomerações estão suspensos, nestes treinos recebemos muitos elogios e agradecimentos pelo trabalho desenvolvido. Recebemos várias mensagens de pessoas com quadros de depressão, sedentarismo, problemas sérios de saúde e vícios, que nos relataram que os treinos foram a salvação, a saída daquela rotina prejudicial à saúde física e mental.

3. Itaúna é uma cidade que valoriza a prática esportiva, especialmente do esporte de rua?

A corrida de rua é uma modalidade que vem crescendo em todo o mundo, podemos dizer que hoje a cidade de Itaúna começa a valorizar mais este esporte, especialmente por termos atletas tão bons que se destacam e levam o nome de Itaúna a outros horizontes.

4. Como vocês estão lidando com a questão da pandemia, das restrições impostas pela doença e, ao mesmo tempo, a necessidade de oferecer às pessoas a oportunidade da prática de esportes até mesmo como meio de sobrevivência?

Com o início da pandemia os treinos com grandes aglomerações foram suspensos. Através do grupo de WhatsApp e do Instagram continuamos a incentivar a turma a não parar seus treinos pessoais; mas a continuar a prática sozinhos ou com familiares e amigos mais próximos e em menor número, observando sempre as normas de segurança, distanciamento e uso de máscaras. Realizamos desafios virtuais como forma de incentivar os atletas a se desafiarem. Este ano finalizamos em abril o Desafio Mission Impossible; em 2020 realizamos o Desafio Vertical e o Desafio 60+. Desafios esses que movimentaram quase mil pessoas entre corredores e ciclistas, o que nos deixa com a sensação de que estamos contribuindo pelo menos um pouquinho para que as pessoas se mantenham em movimento e amenizando as tensões psicológicas e emocionais causados pela pandemia que estamos vivendo.

5. Conta para nós sobre esse projeto de assumir o comando da praça de esportes Juscelino Kubistchek. Como aconteceu essa parceria com a Prefeitura de Itaúna e como será na prática essa atuação do Itaúna Runners.

A Prefeitura de Itaúna, em especial a Secretaria de Esportes, sabe do nosso engajamento na prática esportiva e sempre nos apoia quando precisamos. Em 2020 soubemos do Chamamento Público e vimos ali uma oportunidade de ampliar nossos horizontes, uma vez que aquele espaço pode beneficiar muita gente, não só corredores, mas onde poderíamos desenvolver outras atividades envolvendo a população. E deu certo, depois de muito empenho de nossa equipe, conseguimos firmar a parceria e agora é trabalhar muito para que o JK volte a ser aquele centro poliesportivo do qual muita gente se lembra com muito carinho e saudade. Será um grande desafio para ADIR.

Será tudo novo para a Associação, um desafio que esperamos aprender e crescer junto com ele. A ideia é abrir as portas de um POLIESPORTIVO MULTIESPORTIVO, que alcance todas as faixas etárias, podendo agregar e trazer mais lazer para toda população itaunense.

6. As atividades do Itaúna Runners na Praça de esportes JK irão contemplar outros projetos para além do esporte?

Sim. Ideias para trabalhos e novos projetos temos muitos; mas, vamos caminhar devagar e aprender um pouco a cada dia como será a administração na prática. Certamente estamos abertos a parcerias para que o Poliesportivo JK volte a ser palco de grandes eventos.

7. O que falta para Itaúna se destacar no cenário esportivo do estado e do país? Aliás, na sua opinião Itaúna tem atletas para se destacarem nas grandes competições?

Itaúna tem sim potencial e grandes atletas em várias modalidades esportivas, não só na corrida de rua, temos atletas que podem se destacar em outros estados e no país, como exemplo podemos citar o atleta Jhon Kennedy aqui de Itaúna que foi jogar no Fluminense e agora foi contratado por um grande clube estrangeiro; Isabela Lacerda que foi campeã da Copa Rio de MTB último final de semana; e muitos outros atletas que se destacam. Ao meu ver o que realmente pesa é a falta de incentivo e o apoio financeiro. Um atleta para se tornar destaque e campeão precisa ter tempo para se dedicar aos treinos, boa alimentação, recuperação e reforço muscular, e a maioria de nossos atletas não tem condições financeiras de se dedicar 100 % aos treinos, mas estamos caminhando.

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